Em reunião fechada com deputados petistas na Câmara Federal,
o secretário de Planejamento da Bahia e ex-presidente da Petrobras, José Sergio
Gabrielli, voltou a defender, nesta terça-feira (8), a compra da refinaria de
Pasadena, no Texas (EUA), efetuada pela estatal em 2006. Por suspeitas de
superfaturamento, a aquisição, que teria custado R$ 1,3 bilhão à empresa
brasileira, é investigada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), Ministério
Público Federal do Rio de Janeiro (MPF-RJ) e Polícia Federal (PF). Aos
parlamentares, o auxiliar do governador Jaques Wagner caracterizou a transação
como um “bom negócio“, ao reafirmar o posicionamento que mantém desde
o início do escândalo ligado ao contrato firmado entre a petrolífera e a belga
Astra Oil. A compra é alvo de quatro pedidos de criação de Comissão Parlamentar
de Inquérito (CPI) no Congresso. A própria presidente Dilma Rousseff, que
presidia o conselho da Petrobras na época do acordo, chegou a declarar que a
decisão favorável ao convênio com a Astra foi baseada em um “parecer técnica e
juridicamente falho”. De acordo com Gabrielli, porém, há versões
"mentirosas" veiculadas sobre o negócio. "[Há uma] ideia que
precisa ser desconstruída porque é falsa: a ideia de que a refinaria foi um mau
negócio. A refinaria foi um bom negócio. Tinha estratégia que a Petrobras
definia desde 2009 [...]. Era estratégia adequada ao mercado brasileiro e ao
norte-americano. É falso dizer que foi um negócio ruim", argumentou, em
entrevista a jornalistas após o encontro com legisladores em Brasília. A
expectativa é de que o colegiado para investigar o caso, formado por deputados
e senadores, seja instalado no próximo dia 15. Fonte: Bahia Notícias.