Está sob investigação do Ministério Público Estadual de
Minas Gerais o programa Poupança Jovem, criado em 2007 durante a gestão de
Aécio como governador. As informações são da Folha de S.Paulo de hoje. O
Poupança Jovem destina uma conta bancária no valor de R$ 3 mil a alunos da rede
pública que, ao final do ensino médio, tenham cumprido requisitos como
frequência nas aulas e participação em atividades extracurriculares. O programa
está presente em nove das 853 cidades do estado. O MPE suspeita de danos aos
cofres públicos e enriquecimento ilícito em um convênio firmado com o Instituto
de Cooperação e Educação ao Desenvolvimento (Inced), entidade que coordenou
ações do Poupança Jovem em Governador Valadares, Esmeraldas, Ibirité e Ribeirão
das Neves. O Inced subcontratou outras empresas que forneciam aos
alunos alguns serviços como aulas de inglês e informática, além de transporte e
alimentação. De acordo com a Promotoria, em uma dessas subcontratações, houve
licitação dirigida — a empresa que apresentou o melhor preço não foi habilitada
no processo. O instituto, que recebeu do governo de Minas R$ 15 milhões nos
dois primeiros anos do programa e, hoje, não atua mais no Poupança Jovem, nega
irregularidades. O governo de Minas afirmou não ter conhecimento da
investigação. Nos dois primeiros anos do programa, de acordo com parecer
incluído no inquérito do Ministério Público, o governo de Minas repassou ao
Inced R$ 15 milhões para executar ações do programa. O candidato Aécio Neves,
que usa o programa como bandeira de governo e afirma querer implementá-lo em
todo o país, não se manifestou, afirmando que se trata de um assunto do Estado.
A investigação do MPE foi aberta em 2009 e ainda não tem conclusão. Informações Folha de S. Paulo.